“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” (Mt 6.19-21).
Muitos empresários que, à custa de grandes esforços e sacrifícios pessoais, geram empregos e produzem a riqueza nacional sentem-se lesados ao terem que carregar um fardo pesado de encargos, impostos, taxas, contribuições. A tudo isso se junta despesas com juros bancários, operadoras de cartão de crédito, água, luz, telefone, salários, contador, segurança...
Com a margem de lucro muito reduzida, fica a sensação que se trabalha mais para os outros que para si mesmo. O que dá margem a sonegação, corrupção e todo tipo de fraude. Mas o empresário precisa compreender que ao agirem legalmente e cumprirem com suas responsabilidades, não estão perdendo ou jogando dinheiro fora. Este é exatamente o seu maior lucro. É o “lucro invisível” que está sendo acumulado no Banco do Céu.
“Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês” (Fl 4.17- NVI). “Ofertas” aqui são donativos, dádivas, presentes. A palavra “conta”, do grego Logon, significa “fama, reconhecimento, crédito”. Em outras palavras: “enriqueçam em boas obras” (1Tm 6.18).
Tudo o benefício que o empresário gera pode ser entendido como um crédito debaixo do seu nome no Céu. Toda vez que contribui para alimentar uma pessoa, realizar um sonho, forma um profissional, criar uma tecnologia, produzir um remédio, abrir uma faculdade, incentivar um artista, financiar uma lavoura, subsidiar um negócio, asfaltar uma estrada, ou outro benefício qualquer, estará acumulando créditos em sua conta no Céu.
Que tesouro é esse que Jesus manda ajuntar nos céus? São as bênçãos espirituais de Deus nas nossas vidas. Embora a grande recompensa seja dada no porvir, os benfeitores da humanidade receberão grandes bênçãos ainda nesta vida.
Portanto, amigo empresário, sempre glorifique a Deus quando for pagar salários, encargos, taxas, impostos e contas em geral. Cultive a mentalidade de desprendimento do Reino: "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão" (Lc 6.38).
Nunca se esqueça: o dinheiro que não é depositado no Céu, é tesouro que a traça e a ferrugem corroem e que ladrões roubam. “Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus." (Lc 12.21).