
O Senhor Deus criou o homem e o colocou no jardim no Éden, que havia plantado com Suas próprias mãos. O homem não precisava lavrar a terra, isto é, esforçar-se para adquirir o seu sustento cotidiano. O alimento estava ali, disponível, com fartura, ao alcance das suas mãos (Gn 2.7-9).
No entanto, essa situação de graça foi diretamente atingida pelo pecado. Após a queda, a terra foi amaldiçoada - "maldita é a terra" - e Adão teve que prover o seu sustento e de sua família com o seu próprio esforço e fadiga (Gn 3.17-19). O trabalho deixa de ser algo prazeroso e passa a ser penoso, duro, extenuante.
A boa notícia – o “Evangelho do Trabalho” - é que Jesus veio a terra com o objetivo de libertá-la de toda forma de maldição (Gl 3.13). O sangue de Jesus na cruz nos trousse salvação, mas Ele estava também reconciliando “todas as coisas” (Cls 1.20; cf. 2Co 5.19), e isto inclui a volta do trabalho ao seu sentido original.
Jesus veio como o segundo, ou último Adão (1Co 15.45-47). O primeiro Adão perdeu o domínio sobre a terra; o segundo Adão o recuperou. Em Cristo tudo começou novamente. Agora o poder redentor de Cristo pode ser levado ao nosso trabalho.
Portanto, precisamos reconhecer o Mandato Cultural (Gn 1.28) juntamente com o Mandato Evangelístico (Mt 28.19,20) na missão total da Igreja. Temos que assumir a liderança da terra que Deus deu a Adão no jardim do Éden.
O verdadeiro trabalho é perfeitamente compatível com o cristianismo bíblico. E mais que isso: o mundo do trabalho necessita urgentemente da liderança espiritual do crente. O senhor precisa de crentes que penetrem nos mais diversos setores profissionais vendo-os como o seu campo missionário.
O trabalho em direção a uma transformação social deve ser considerado uma “missão cristã no mundo”. Jesus declarou que quando Ele vier encontrará a Igreja trabalhando (Mt 24.40).