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A Igualdade de Posses é Bíblico?

Postado por Roberto Marques,

"A um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, cada um segundo a sua capacidade." (Mt 25.15)

A Bíblia não ensina que o dinheiro seja um mal em si ou que se deva tirá-lo dos muito ricos. Faz, sim, fortes admoestações contra idolatria, avareza, ganância, usura, exploração, egoísmo, orgulho, presunção, indiferença etc. Sem dúvida, Deus condena as riquezas mal adquiridas e mal empregadas (Tiago 5.1-6). Mas é errado julgar o ser humano incapaz de saber usar positiva e corretamente o dinheiro. Muitos homens santos da Bíblia foram ricos.1 Jesus mesmo tinha um discípulo que era rico e influente (Mt 27.57).

O dinheiro está por trás de tudo, mas não é tudo. Muitos que fazem do dinheiro seu bem maior, negligenciam saúde, família, lazer e, principalmente, salvação. Jesus levanta a seguinte questão: “Pois que aproveitara homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 16.26). Jesus não diz que ser rico é pecado ou que todos os ricos vão para o inferno. Não. O que Jesus ensina neste texto é que é tolice ter tudo na terra e perde a vida eterna no céu.

Jesus nunca pretendeu abolir diferenças econômicas entre os cristãos. A Bíblia ensina que existem vários graus de recompensas no céu (Lc 19.17,19; 2Co 5.10) e vários tipos de mordomia na terra (Mt 25.14,15; Ef 6.5-9). A Bíblia também não diz que os que são ricos devem desistir de todas as suas posses, mas: “[...] pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos em dar e prontos a repartir” (1Tm 6. 17-19). Ele não mandou que eles vendessem tudo, mas que confiassem em Deus e não nas riquezas. Os cristãos primitivos ainda tinham suas posses, porque se reuniam em casas próprias.2

Segundo Grudem (2006): “Deus nunca teve objetivo de produzir igualdade de posses entre pessoas, e nunca o terá.”3 Desigualdades são necessárias num mundo que requer a execução de grandes variedades de tarefas. Algumas tarefas requerem grande quantidade de recursos (tais como possuir uma usina siderúrgica ou uma fábrica de aviões) e outras requerem pequena quantidade de recursos.

Se a recompensa para o trabalho de cada pessoa for dada de modo justo e baseada no valor do que tal pessoa produz, as que têm maiores habilidades naturalmente ganharão maiores recompensas, diz Grudem.

1. Gn 13.1; 24.35-37; 31;37,43; Jó 1.3.
2. At 2.46; 12.12; 16.40; 17.5; Rm 16.5; 1Co 16.19; Cl 4.15 etc.
3. GRUDEM, Wayne A. Negócios para a glória de Deus. 1ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 45,46.

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