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Jesus e Seus discípulos eram pobres?

Postado por Roberto Marques,

         Existe uma fragilidade teológica na sustentação do antigo paradigma a respeito da estrutura social da vida de Jesus e Seus discípulos.
         Por séculos Satanás disseminou a idéia de que Jesus e Seus discípulos eram pobres, e se eles eram pobres também devemos ser pobres. Entretanto, não é isso que uma leitura mais atenta dos Evangelhos nos revela. A Bíblia, pelo contrário, fundamenta a verdade de que Jesus e Seus discípulos eram modelo e exemplo de profissionais bem-sucedidos.

Deus, um pai rico ou pobre?
          Se o dinheiro é um mal, Deus é o maior mal porque ele é rico. Ele mesmo disse: “Minha é a prata, meu é o ouro...” (Ag 2.8).
          Deus é sempre retratado na Bíblia como sendo um homem de negócio e muito rico (Mt 20.1; 25. 14,15; Mc 12.1,2; Lc 13. 6; Mt 22.2; Lc 15.11; 19.12; Jo 14.2). Deus mora no Céu, que é sempre representado como um lugar riquíssimo (Dt 28.12; Ml 3.10; Mt 19.21; Ap 21. 18-21). 
          A morada que Deus fez para o Homem na Terra era um “paraíso” cercado de ouro e pedras preciosas (Gn 2. 11,12). Deus enrriqueceu muitos homens santos da Bíblia (Gn 13.2; 24.35-37; 31;37,43; Jó 1.3).
          Deus não deseja a pobreza de ninguém. Sua ordem para o seu povo é clara: “que entre ti não haja pobre” (Dt 15.4). O sábio disse: “A bênção do SENHOR enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto.” (Pv 10.22). Também disse: “Os bens do rico são a sua cidade forte; a pobreza dos pobres é a sua ruína” (Pv 10.15). A pobreza dos pobres é sua ruína. Por isso, aos pobres deve ser pregado o Evangelho (Mt 11.15). O verdadeiro evangelho, a verdade de Cristo é que liberta as pessoas das algemas da pobreza (Jo 8.32).
          O Homem foi colocado na Terra para dominar e usufruir toda riqueza de Deus (Gn 1.26-30). Você é filho de Deus. Você foi feito à imagem e à semelhança de um Deus rico (Gn 1.26,27). Tudo o que é de Deus lhe pertence (Lc 15.31).
         
Será que Jesus era pobre?
          Para convencer os cristãos a acreditar no engano de que a pobreza é evidência de espiritualidade, os pregadores da miséria precisam convencer-nos de que Jesus, nosso modelo, era pobre. Geralmente, só recordam o fato de que o Senhor Jesus nasceu numa manjedoura, ou que Ele era rico e se fez pobre, ou aindade que, em algum momento em seu ministério público, declarou não ter um local para reclinar a cabeça. Assim, concluem que como Jesus era pobre, os cristãos também deveriam ser pobres.
          No entanto, a vida de Jesus, desde o seu nascimento até a Sua morte, nos apresenta alguns fatos que negam esta afirmação. Vejamos algumas evidências:
         - Jesus é rico no céu - Dn 7.10; 2 Co 8.9; Ap 5.11.
         - Jesus nasceu num lar próspero – Mt 13.55.
         - Jesus nasceu numa manjedoura, mas não foi por falta de dinheiro - Lc 2.7.
         - Jesus nasceu numa maternidade sem igual no mundo – Lc 2.8-14.
         - Jesus já era muito rico quando criança - Mt 2.11.
         - Jesus foi um reconhecido arquiteto e construtor (Tektõn) - Mc 6.3.
         - Jesus era assistido em seu ministério por pessoas ricas e influentes - Lc. 8.3; Mt 27.57.58.
         - Jesus tinha um minístério financeiramnte forte - Lc 9.13; Mc 6.37.
         - Jesus dava assistência aos pobres – Jo 13.27-29.
         - Jesus não se colocava como um pobre – Jo 12. 3-5, 7-8
         - Jesus não ficou abalado com o valor do perfume – Jo 12.3.
         - Jesus não deixou faltar nada aos seus discípulos – Lc 22.35
         - Jesus se hospedava e jantava onde queria - Lc 19.5; Mt 26.18.
         - Jesus tirava dinheiro até da boca de peixes - Mt 17.27.
         - Jesus quando precisava de transporte mandava pegar o melhor - Lc 19.30.
         - Jesus tinha o dinheiro necessário até para participar de festas - Jo 13.29.
         - Jesus tinha um tesoureiro porque manuseava boa soma de dinheiro - Jo 13.29.
         - Jesus iniciou e terminou seu ministério em festas -Jo 2.1,11; 13.1.
         - Jesus aguarda os salvos com uma festa no Céu - Ap 19.7.
         - Jesus entrou em Jerusalém como um Rei num carro de luxo - Mc 11.1-11; Jz 10:4; 12.14.
         - Jesus vestia roupas de ótima qualidade - Lc 23.34; Jo 19.23,24.
         - Jesus foi sepultado em túmulo novo de um homem rico - Mt 27.57-60.
         - Jesus ascendeu ao Céu sentou-se novamente no trono como Rei dos reis - Ap 3.21.
         Mostrem-me, quem puder, onde houve pobreza material na vida de Jesus. Ele é com certeza o nosso modelo e exemplo em tudo, inclusive como trabalhador e cidadão. A vida que Jesus veio nos trazer, além da salvação – o maior de todos os dons -, inclui sucesso, saúde e prosperidade (Jo 10.10; 3Jo2).
         Note que quando em Mateus 8:20, Jesus disse que "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça", Ele não estava falando de casa (edifício), mas de lar, aconchego, descanso, segurança. No fim do dia as aves e os animais retornam para suas casas, para os seus, e Jesus estava só e indo direto para a cruz.
         Jesus foi próspero em tudo, e só nos seus últimos dias é que se fez pobre para que nós fossemos tornados ricos. A idéia de que Jesus era pobre é um mito, uma fantasia.

Os discípulos de Jesus eram realmente pobres?
          Os discípulos de Jesus mais conhecidos eram Pedro, André, Tiago, João, Mateus e Judas. Será que eles eram realmente pobres como a tradição cristã quer nos fazer acreditar?
          Quando estudamos a vida de algum personagem bíblico precisamos considerar as estruturas de seu tempo. Algumas peculiaridades nos dias de Jesus não são as mesmas de hoje.
           Pedro, André, Tiago e João
          Quando a Bíblia fala em Marcos 1.6-20 que Jesus chamou a, Pedro, André, Tiago e João, que estavam pescando às margens do Mar da Galiléia, não quer dizer que eles eram pobres pescadores; ao contrario, que eles eram empresários do setor pesqueiro.
           Nos dias de Jesus, o peixe tinha maior importância que a carne para a alimentação do povo em geral. O custo do material forçava o trabalho coletivo. A profissão de pescador era bem considerada. Pedro era dono de seu próprio barco, “entrando em um dos barcos que era o de Simão (Pedro)…” (Lc 5.3), e tinha ainda pelo menos mais um barco em sociedade com Tiago e João, conforme Lucas 5.10: “bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios”. Eles possuíam empregados para fazerem o trabalho mais pesado, conforme podemos verificar em Marcos 1.20: “… deixando eles no barco a seu pai Zebedeu, com os empregados, seguiram após Jesus”. A expressão “deixaram tudo e o seguiram” (Lc 5.11), denota que algo de valor foi deixado para traz.
          Embora não fique claro se os demais discípulos eram solteiros ou casados, o fato é que Pedro era casado, talvez tivesse filhos, e sua sogra morava com ele, conforme Mateus 8.14: “ora, tendo Jesus entrado na casa de Pedro, viu a sogra deste de cama; e com febre”. Fica claro que enquanto ele deixou seu negócio para seguir a Jesus, sua empresa de pesca continuou a funcionar promovendo renda para sua família se sustentar.
           Levi Mateus
          O discípulo Mateus tinha também por nome Leví. Em Lucas 5.27 e 28 vemos como foi seu chamado, “depois disso saiu e, vendo um publicano chamado Levi, sentado na coletoria, disse-lhe: Segue-me. Este, deixando tudo, levantou-se e o seguiu”. Novamente a expressão “deixando tudo” indica, como no caso de Simão Pedro, que algo de valor foi deixado para traz.
          Os publicanos eram os funcionários públicos do Império Romano, judeus nomeados para cobrar os impostos de seus compatriotas. Eram como se fosse hoje os ficais da Receita Estadual da Fazenda. Faziam parte da elite dominante daquela época e eram com toda certeza muito ricos, a exemplo do publicano Zaqueu, que também tornou-se seguidor de Jesus (Lc 19.8).
          Note que Mateus reúne seus amigos e companheiros da coletoria e faz um grande banquete para Jesus (Lc 5. 29). Isso demandaria grandes gastos.
         Judas Iscariotes
         Afirmam alguns comentaristas bíblicos que Judas Iscariotes seria o apóstolo que detinha maior nível cultural. Sua profissão é desconhecida, mas é provável que tivesse uma formação administrativa, que fez com que exercesse o cargo de Tesoureiro do grupo (Jo 12.5,6). O que o eleva à categoria de judeu medianamente privilegiado na estrutura social de seu tempo.
         Outros discípulos
         Nem todos os discípulos de Jesus o serviam diretamente, como os doze. Muitos o serviam com suas riquezas:
         Joana era uma mulher rica e discípula de Jesus. Em Lucas 8.3, está escrito que “Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas”.
         José de Arimatéia foi membro do Senado Judaico, o Sinédrio, e também discípulo de Jesus. Utilizou sua influência para pedir a Pilatos o corpo de Jesus. Dele esta escrito em mateus 27.57: “E, vinda a tarde, chegou um homem rico de Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de Jesus” (cf. Lc 23.50-53).
          Igreja primitiva
          Na igreja primitiva também encontramos discípulos que possuíam carreiras destacadas na igreja e na comunidade:
          Lídia, a “vendedora de tecido de púrpura” (At 16.14 - NVI) era uma mulher de negócios bem-sucedida. Provavelmente tinha um negócio de importação e exportação de tecidos finos e, portanto, era muito rica. Ela era seguidora de Jesus e abençoou Paulo e seus companheiros em suas viagens (v15).
          Lucas era médico. Cornélio era centurião. Simão era curtidor. Dorcas era ótima costureira. Áquila e Priscila fabricavam tendas... O próprio apóstolo Paulo, que fabricaba tendas, experimentou momentos de a abundância, como diz em Filipenses 4.12: “Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura”.
         Os discípulos de Cristo, pelo menos aqueles que a Bíblia dá mais importância, não eram desvalidos como muitos pregadores ensinam, antes eram homens responsáveis e respeitados nas comunidades em que viviam.

Conclusão
        A filosofia dualista, concebida milhares de anos antes de Cristo por povos gentios e aperfeiçoada pelos gregos, foi adotada e promovida pelos monges católicos por toda a Idade Média. O dualismo contaminou o protestantismo e a idéia de que Religião e Trabalho não se misturam persiste até hoje na igreja de Cristo.
       Ainda hoje, muitos líderes cristãos estão aprisionados pela força penetrante do “espírito de pobreza”. Eles estão convencidos, da mesma forma que os monges medievais, de que a pobreza reflete piedade, que “os ricos não entrarão nos Reino dos céus”. Simplesmente concluem que pessoas que moram em mansões, ou têm jatinhos particulares, ou dirigem Rolls Royces, não poderiam ser piedosas.
        O ensino monástico desses líderes evangélicos volta-se contra eles mesmos. A igreja adotou o pensamento de que pobreza equivale à piedade e, portanto é comum e normal que o pastor seja pobre, que seu salário seja suficiente para que não morra de fome, ou até que nem mesmo receba salário.
         Felizmente, uma nova geração de lideres, centrados no verdadeiro Evangelho da Prosperidade, vem despontando no mundo cristão. O velho paradigma monástico está mudando. Um novo cenário religioso se descortina.
        Amado, a idéia de que pobreza reflete piedade é diabólica, nasceu nas profundezas do inferno. Livre-se agora mesmo da crença de que Jesus e Seus discípulos eram pobres. Comece hoje a viver a vida abundante que Ele veio lhe trazer.

Fontes:
- Émile Morin. Jesus e as estruturas de seu tempo. São paulo: paulinas, 1988.
- Peter Wagner. Os cristãos no ambiente de trabalho. São paulo: Editora vida. 2007.
Volnei Inocencio. http://blig.ig.com.br/volneiinocencio/ Capturado em 19/01/2011.
- Igreja Vencedores. Estudo 269 - PROVAS DE QUE JESUS NÃO ERA POBRE. Disponível em: http://www.igrejavencedores.com.br/acervo_detalhes.asp?Id=345 Capturado em: 19/01/2011
- Igreja Cristo Vive. Deus um pai rico ou pobre? http://www.jesus.org.br/mensagem.asp?id=490 capturado em 19/01/2011. 
- Google - vários sites.

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