A moderna palavra “trabalho” vem do latim tripalium (três paus), que era um instrumento de tortura usado pelos romanos para supliciar os escravos. Igualmente, a palavra labor é sinônimo de trabalho, mas também lembra sofrimento, dor, fadiga.
À idéia do trabalho como “sofrimento” somou-se a falsa crença religiosa do “trabalho como punição pelo pecado”. Durante séculos, trabalhar tornou-se sinônimo de degradação moral e espiritual. Os que defendem esta tese costumam invocar a maldição divina do trabalho depois da queda de Adão (Gn 3.17-19). A punição, porém, não está no trabalho em si, mas nas duras condições em que seria realizado. Essa é a maldição da terra – “maldita é a terra” - e não do trabalho.
Ainda hoje, o trabalho está associado a algo ignóbil, penoso, difícil e dolorido. Para a maioria das pessoas trabalho é sinônimo de servidão, exploração, monotonia, salário mínimo, desemprego, necessidades. Elas não compreendem que sua missão no mundo encerra em si mesma, o ato de viver, e viver é trabalhar.
O trabalho não é uma “guerra” que mutila, destrói e deixa traumas terríveis. Trabalho não é “luta” de uns nocauteando outros. Trabalho também não é sinônimo de pecado, escravidão, degradação e sofrimento. Tudo isso é mentira. Trabalho não é assim.
A Bíblia ensina que todo trabalho diligente leva ao sucesso (Pv 10.4). Deus deu o trabalho à humanidade quando deu a vida a Adão (Gn 1.27,28). Portanto, o trabalho em si é uma das bênçãos originais de Deus.