- Marcos 3:13-19
- O discipulado existia antes do
ministério terrestre de Jesus.
- Isso acontecia com gregos,
judeus, chineses e outras culturas antigas.
a) Discipulado entre os gregos
- Na cultura grega, a palavra discípulo
(mathetes) significava: aluno,
aprendiz, adepto.
- A tradição era que os
estudantes escolhessem o mestre.
- Os estudantes, e não o mestre,
iniciavam a relação (Jo 12:20,21).
- Era comum que os mestres
cobrassem uma taxa de seus alunos.
- Conclusão: O discipulado grego
não era o modelo de Cristo.
b) Discipulado entre os judeus
- Os mestres eram muito conceituados entre os judeus.
- Do mundo inteiro, eles atraiam
alunos a Jerusalém.
- Um judeu que desejasse
tornar-se rabino começava seu aprendizado ainda muito jovem.
- A exemplo dos gregos, os
mestres judeus não discipulavam, mas apenas “instruíam” (At5:34;22:3).
- Conclusão: O discipulado
judaico, também, não era o modelo de Cristo.
c) Discipulado com Jesus
- Como na tradição grega e
judaica, Jesus tinha Seus discípulos.
- Entretanto, ser discípulo de
Jesus era mais que ser um aluno, aprendiz ou adepto (modelos grego e judaico).
- Ser discípulo de Jesus envolvia
pelo menos cinco diferenças:
(1) o chamado;
(2) o abandono material e
afetivo;
(3) o recebimento de poder;
(4) o envio a lugares hostis; e
(5) possibilidade
de morte (Mc2:14;Mt4:18-20;16:24,25;
Mc16:17,18).
- Portanto, não existia a figura
do “discípulo que ficava” ou “meio discípulo”, ou “discípulo de segundo nível”.
- Jesus só escolheu doze homens
para serem Seus discípulos, nenhuma mulher (Mc3:13).
- Os discípulos tinham que
depender totalmente de sua missão (Mt10:9,10).
- Conclusão: Ou era discípulo ou não
era - não podia ser “meio discípulo”.
d) Uma comunidade de crentes: a Igreja
- Além dos discípulos, existia um grupo maior que Jesus chamava de "minha igreja" ou “igreja” (Mat16:18;18:17).
- Além dos discípulos, existia um grupo maior que Jesus chamava de "minha igreja" ou “igreja” (Mat16:18;18:17).
- Algumas traduções para a língua
portuguesa pecaram chamando os crentes
de “discípulos” (correto BV e BLH: Mt27:57;At6:1,2;9:36;11:26;26:28;1Pe 4:16).
- Os escritores bíblicos, usaram
expressões tais como: "crentes”, "irmãos”, "escolhidos",
“fiéis”, "servos de Deus”; “Servos de Cristo Jesus",
"santos", “igreja”, "igreja de Deus”, etc (At4:32;5:14;6:3;Col
3:12;Tm 4:12;Ro 6:22; At12:5;Fil 1:1).
- “Cristãos" foi um apelido
ou galhofa dado pelos não-crentes aos adeptos e partidários dos ensinamentos de
Jesus (At11:26).
- Para os de fora, a comunidade
de crente era chamada de "O Caminho" (At 9:2; 19:9, 23; 22:4).
- Os que aceitavam a Cristo
constituíam, além dos discípulos, uma “multidão de crentes” (At5:14).
- Conclusão: Os discípulos formavam
um grupo distinto dos demais crentes em Jesus (a Igreja).
2. O DISCIPULADO NA
IGREJA PRIMITIVA
- Rom 12:6-8;1Cor 12: 28-30; Fil 4:11
- O discipulado de Cristo deixou
de existir quando Jesus ascendeu ao Céu (não existe discípulo “sem mestre”).
- Os discípulos de Jesus se
tornaram “apóstolos” (At1:26;4:35,37;8:14;1Co15:7).
- O termo "apóstolo"
literalmente significa alguém enviado numa missão, mensageiro delegado,
embaixador.
- Paulo era um apostolo, isto é,
um “enviado” ou “missionário”.
- À igreja também foi concedido um número variado de dons espirituais, mas não o dom do “discipulado”(1Co12;13,etc).
- Por isso, historicamente esse
período (século I) da Igreja é chamado “Apostólico”, ou “Igreja Apostólica”,
- Muitos crentes possuíam
ocupações destacadas na sociedade: Cornélio era centurião; Lídia, vendedora de
tecidos púrpura; Dorcas, ótima costureira; Áquila e Priscila fabricavam tendas;
José de Arimatéia era rico e influente...
- A comunidade de crentes sustentava
o trabalho dos verdadeiros discípulos/apóstolos (At4:32-37).
- Conclusão: Não existia a figura, o ofício
ou dom de “discípulo” na igreja do primeiro século.
CONCLUSÃO
- A evidência bíblica descarta a
possibilidade de que possa haver discípulos após a ascensão de Cristo ao Céu.
- Mesmo o ofício de “apóstolo” só
existiu na Igreja no primeiro século.
- Seria impossível para alguém
hoje ser um “discípulo de Cristo” ou "apóstolo de Cristo".
- A função do discípulo continua
na Igreja hoje – não em pessoas que se autodenominam discípulos e epóstolos, mas no Novo
Testamento.
- Os discípulos do primeiro
século vivem hoje na Igreja através dos seus ensinis e apostolados - a Palavra e obra deixada
por Deus por intermédio deles.
- Devemos nos contentar em sermos
a “Igreja de Cristo”, o "corpo" do qual é Ele a cabeça.
- È nosso privilégio ser contados
entre os “eleitos” de Deus.
- É nossa obrigação utilizar os
ofícios e dons que Cristo concedeu à Sua Igreja.
- É suficiente sermos conhecidos
como aqueles que crêem em Jesus e dão testemunho da Sua Palavra.
- Devemos sim, buscar a função
destinada a Igreja de Cristo: o “sacerdócio santo” (1Pd2:5,9).
Para Pensar:
1. Não seria hoje, a formação de "discípulos" nas igrejas um meio de arregimentar mão-de-obra proselitista?
2. O que Jesus ordenou ou prometeu aos Seus discípulos seria também válidos para nós hoje?
1. Não seria hoje, a formação de "discípulos" nas igrejas um meio de arregimentar mão-de-obra proselitista?
2. O que Jesus ordenou ou prometeu aos Seus discípulos seria também válidos para nós hoje?