
Trabalho não é sinônimo de guerra, luta, estresse, escravidão. É, pelo contrário, ação livre e positiva, impulsionada pela alegre expectativa de sucesso. Trabalho é o que ocorre entre o sonho e a sua realização. Portanto, trabalho é vida.
Muitos labutam arduamente durante anos fazendo toda sorte de concessões e sacrifícios, com o pensamento de que serão recompensados no futuro quando alcançarem a meta. Vivem sob pressão, perdem horas de sono, negligenciam a família, não se dão férias e lazer, na expectativa de que mais adiante, ao atingirem o sucesso (ou quando se aposentarem), aí, sim, gozarão a vida, viajando, descansando e dando melhores condições à família. Para estes a vida é algo que está no futuro.
Quem pensa assim, comete dois erros graves: Primeiro, que a vida é o percurso e não apenas o momento da chegada. Ninguém pode viver o ontem que já passou e nem o amanhã que pode não chegar, mas apenas o momento presente. Segundo, que viver plenamente o dia de hoje seja incompatível com a busca de uma meta. Não podemos interromper a vida até que se chegue ao sonho desejado. Vida é o que está acontecendo hoje.
Quem não vive o aqui e agora, não existe, é um fantasma, um zumbi, a múmia ambulante. Porque viver é ser feliz agora, hoje. Trabalhar, portanto, em última análise, é viver. Tudo o mais é uma pseudovida, isto é, uma não-vida.
A maioria das pessoas não entende essa verdade tão clara. Talvez porque para elas a palavra trabalho seja sinônimo obrigação, sacrifício, emprego, salário mínimo, cartão de ponto, exploração, necessidades. Não compreendem que sua missão no mundo encerra em si mesma, o ato de viver, e viver em abundância (Jo 10.10).
Trabalho é percurso. Percurso é vida.
Viver é ser feliz hoje.