“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.” (Mt 7.15).
Pesquisas mostram que muitos profissionais e executivos cristãos estão abandonando as igrejas. Essa tendência crescente tanto preocupa quanto empolga os líderes religiosos. Se por um lado, acredita-se que isso pode ameaçar a pregação do Evangelho, por outro, pensa-se ser o tipo de reavivamento esperado pela igreja à séculos.
Tradicionalismo religioso, legalismo farisaico, pastor como sacerdote, pedágio salvífico, sermões vociferados, falso falar em línguas, ilusionismo barato, prática do “cai-cai”, mentalidade do “Abençoe-me”, idolatria a pregadores, comércio de bênçãos, culto a objetos e relíquias, curandeirismo espírita e outras aberrações anti-bíblicas, têm levado muitos cristãos sinceros a abandonarem a igreja porque precisam de mais alimento espiritual, algo que a maioria das igrejas não está oferecendo (Mt 7.21-23; 2Tm 4.3; 2Pd 2.1—3).
Muitos executivos - escandalizados, descriminados ou explorados em suas igrejas - sentem que Deus quer ministrar por meio de seu trabalho, fazem o que Deus colocou em seu coração fazer. Eles estão aplicando o conceito hebraico de avodah ao unir os dois significados do termo: trabalho e adoração. Pensam como Fred Smith, um executivo cristão norte-americano: “Meu trabalho é minha adoração”.1
Nem todos que evitam a igreja abandonaram sua fé em Cristo ou perderam o desejo de servir a Deus. Muitos deles se filiam a “comunidades alternativas de fé” ou as “novas formas criativas de igreja”, tais como: igrejas domésticas, igrejas corporativas, igrejas online, igrejas células etc.. Investem seus dízimos e ofertas em ministérios “paradenominacionais”, em “missões” ou em “agências missionárias próprias”, tomando as decisões quanto à forma pela qual seu dinheiro deve ser gasto na pregação do Evangelho.
Não creio que as novas formas de igreja substituirão em definitivo a forma de igreja tradicional típica que conhecemos. Ir a igreja aos domingos prestar um culto racional de adoração ao Senhor, ouvir a Palavra de Deus e ter comunhão com os santos, ainda é algo que atrai a maioria dos cristãos, inclusive eu.
Mas de segunda à sexta-feira, o meu trabalho é meu ministério e minha adoração ao Senhor. AVODAH!
1.Laura Nash. Believers in Business, p.64, citado por Peter Wagner em Os cristãos no ambiente de trabalho. Ed. Vida, 2007, p. 137.