“Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado” (Mt 25.29).
Que os fins não justificam os meios antiéticos ou imorais é um princípio bíblico. Roubar, piratear, fraudar, mentir ou enganar não justifica apenas porque me ajudariam a alcançar o meu objetivo. Entretanto, a não ser por isso, tal princípio é totalmente sem propósito no mundo dos negócios.
Diariamente os empresários buscam meios que realizem melhor os seus fins. Fazer o que for possível para chegar ao fim de forma mais rápida e eficiente possível. É o que chamamos de pragmatismo – uma idéia só tem sentido acompanhada de resultados práticos. O típico pastor de igreja considera o pragmatismo uma atitude mundana, presumindo que a igreja é boa e o mundo é mau.
Os executivos colocam grande ênfase na eficiência. Para muitos pastores de igreja, cuja eficiência nas operações eclesiásticas não é uma prioridade, isso representa insensibilidade e desumanidade em relação às necessidades emocionais das pessoas, que, do ponto de vista deles, deveria ser prioridade também no mundo dos negócios.
Para muitos pastores “o processo é muito mais importante que o resultado final”. Jamais um empresário diria algo tão sem sentido. No mundo dos negócios o resultado é a própria condição para sobrevivência da empresa.
Na Parábola dos Talentos (Mt 25.14-30), Jesus ilustra bem essa verdade. Um homem de negócio (representando Deus) dá a três empregados uma quantidade de dinheiro para que eles o multiplicassem. O senhor os envia para fazerem negócio e parte numa viagem. Quando regressa exigi contas aos empregados. Os dois que cumpriram a tarefa com sucesso foram chamados de servos bons e fiéis e recompensados. No entanto, quando o terceiro retorna com a mesma quantia, o mestre o chama de “servo mau e negligente” (v26) e o despede de imediato. Essa parábola une sucesso e fidelidade.
Como um homem ou mulher de negócios podem separar os meios do fim? Aqueles que tentam separar fidelidade a Deus de resultado comercial cometem um erro. Produzir riquezas é um dom de Deus (Dt 8.18). Negligenciar esse dom é que é pecado.
Sim, no mundo dos negócios os fins justificam os meios.