"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." (1Co 10.31)
Sempre se pensou o ambiente de trabalho afastado dos valores espirituais. Na empresa precisamos ser duros, cruéis, cínicos; e na família, bons, compasivos, disponíveis. Nos negócios, egoísta, corrupto, imoral; e na igreja, generoso, justo, santo.
Infelismente muitos dirigentes cristãos vivem uma moral dupla: no trabalho materialistas e na igreja espirituais. Isso é falsidade, hipocrisia. A personalidade não é feita de compartimentos estanques. Não se pode ser "bom" em um lugar e "mau" em um outro. O cristão não pode ser um "demônio" no trabalho e um "santo" na igreja. Jesus foi claro quando disse: "Quem não é por mim é contra mim" (Mt 12.20).
Precisamos glorificar Deus em tudo o que fazemos (1Co 10.31). O trabalho não é algo separado, cortado da vida espiritual, como se fosse outra dimensão. Essa é uma falsa visão dualista grega (Platão) e não bíblica. A prespectiva hebraica (Bíblia) é que "o nosso trabalho é uma forma de ministério. É tão sagrado quanto cantar no coral."1
"No trabalho, como em outras situações, a pessoa consciente [...] deve REUNIR as suas partes, deve superar a cisão entre valores pessoais e valores empresariais; deve, em uma palavra TESTEMUNHAR o seu ser PESSOA justamente no local de trabalho."2
Portanto, a vida passada no local de trabalho deve ser vista e vivida exatamente como a passada fora dele, em casa ou na igreja.
1. Peter Wagner. Os cristãos no ambiente de trabalho. Vida, 2007, p. 19.
2. Valerio Albisetti. Trabalhar com o coração e viver bem na empresa. Paulinas, 2006, p. 43.