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Separar o SER do FAZER é antibíblico

Postado por Roberto Marques,

"E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor." (Mt 25.21)

Alguns líderes religiosos dizem que não interessa se são bem-sucedidos ou não, desde que sejam fiéis. A Parábola dos Talentos (Mt 25.14-30), que foca diretamente o ambiente de trabalho, nega claramente essa afirmação.

Na parábola, o empregado que recebeu cinco talentos retorna com dez. O senhor lhe diz: “'Muito bem, servo bom e fiel'” (v21). Observe que ele o chamou de homem fiel. E o senhor disse a mesma coisa para o empregado que recebeu dois talentos e retornou com quatro. No entanto, quando o empregado que recebeu um talento traz de volta a mesma quantia, o mestre o chama de “'servo mau e negligente'" (v26) e o despede de imediato.

O paradigma grego ensina que existe um reino espiritual que está separado e é distinto do reino natural/criado. Platão diz que o trabalho faz parte do reino físico, o qual é inferior ao reino espiritual. Esse é um conceito utilizado por muitos pregadores: “Não importa o que eu faço; a única coisa que importa é o que eu sou”. O pensamento por traz disso é o seguinte: “Ser é mais importante que fazer; que o que eu sou é mais importante que o que eu faço.

Para muitos cristãos no ambiente de trabalho, esse pensamento platônico é simplesmente sem sentido. Como eu poderia separar quem eu sou daquilo que eu faço? Essa é a razão pela qual Jesus disse: “Assim, pelos seus frutos vocês os conhecerão” (Mt 7.20). Somos conhecidos pelo o que fazemos. Segundo o apóstolo Paulo: "A fé, se não tiver obras, por si só está morta" (Tg 2.17). Nosso trabalho revela o tamanho da nossa fé.

O conceito hebraico (Bíblia) de compreender a vida é bastante distinto do grego. Para os hebreus o reino espiritual e o reino material (incluindo o trabalho) é um único nível superior nas mãos de Deus. Quando eram fiéis ao Senhor, os israelitas viviam em paz, faziam grandes colheitas, venciam batalhas, conquistavam territórios. Quando infiéis, perdiam suas colheitas, eram vencidos nas guerras, mortos, dispersos pelo mundo ou levados cativos pelos inimigos.

No pensamento hebraico, o espiritual e o material, o visível e o invisível, é uma entidade sob a mão de Deus. Portanto, aqueles que tentam separar o SER do FAZER estão seguindo um paradigma antibíblico.

Fonte: Wagner, Peter. Os cristãos no ambiente de trabalho. Editora Vida, 2007, p. 18-22, 185, 186.

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