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A analogia Deus “Pai”

Postado por Roberto Marques,



“Pai” é uma designação para Deus que, na verdade, ocasiona muita confusão no meio cristão, e, até, graves erros doutrinários. As consequências podem ser muito graves “quando o milagre não acontece”, isto é, quando não se recebe aquilo que se espera do Senhor.
É inconcebível crer que Deus se relacionou com um elemento de Sua criação e teve um filho, como na mitologia grega, já que seria blasfêmia. “Deus Pai”, portanto, não implica numa ascendência física de Deus, não denota que o homem é divino ou um ser exclusivo. 
A palavra “analogia”, do grego analogon, quer dizer simplesmente “em relação a”. A analogia é parecida com a metáfora, pois procura estabelecer ou ressaltar um ponto de semelhança entre coisas diferentes. Justamente por não corresponder exatamente ao que queremos comparar, a analogia pode criar um equivoco, ou seja, significados que levem a uma distorção. Por ser uma semelhança, a analogia também pode criar um estigma sobre uma determinada coisa ou pessoa. Por fim, a analogia pode simplesmente levar a um sinônimo, algo que possui o mesmo significado, o que pode criar consequências contrárias ao que se desejava ao fazer a analogia. De qualquer forma, a analogia é sempre utilizada para um melhor reconhecimento de alguma coisa. Assim, a analogia “Deus Pai” pode levar a uma redução injusta ou criar expectativas ilusórias do que pretendemos apresentar sobre Deus.
No Novo Testamento a analogia é uma das formas mais utilizadas. O discurso de que Deus é “pai”, por exemplo, não está, sem duvida alguma, querendo transmitir a ideia de que temos uma filiação biológica com Deus ou de que Deus possui uma paternidade biológica conosco. Mas, a analogia “Deus é pai” deseja nos transmitir a noção de uma relação entre Deus e o homem que pode ser compreendida pelo ser humano, em alguns aspectos (não todos), como uma relação entre pai e filho. Mas não podemos, jamais, reduzir Deus à figura de um pai humano. Em relação a Deus, qualquer discurso se torna uma analogia, ou seja, Deus está sempre além da semelhança e da comparação. “Deus sempre é maior” (Ignácio de Loyola). Querer reduzir Deus às imagens que possuímos ou as palavras que temos ouvido ou até mesmo ao vocabulário dos nossos dicionários é não respeitar sua divindade, ou seja, cair em idolatria. 


Deus como “pai” no cristianismo            No Cristianismo, Deus é chamado de "Pai", um título inédito, nunca empregado anteriormente para referir-se à divindade. Em nenhum lugar, em todo o Velho Testamento, achamos “Abba” (Paizinho) empregado como modo de se dirigir a Deus. Pelo contrário, para o judeu existia um grande abismo de relacionamento entre Deus e o homem (Ec 5.1,2). Alguns profetas aplicam a Deus a metáfora de pai como fundador da nação de Israel (Ex 4.22; Jr 31.9), mas nunca como Pai de alguma pessoa em particular.
A queda lançou o homem para longe de Deus, e se converter significa voltar para a casa do Pai, como fez o filho pródigo. Nossa filiação é a boa notícia do Novo Testamento, e “Aba Pai” é a melhor expressão para traduzir em nossa realidade a experiência do “novo nascimento”. Em Cristo, fomos reconciliados com nosso Pai Celestial (2Co 5.19). Há, porém, uma diferença entre a nossa filiação e a filiação de Jesus. Ele sempre usa a expressão "meu Pai" e "vosso Pai", mas nunca o termo "nosso Pai". Conclui-se que o que Jesus é Filho por natureza, nós somos filhos por graça/adoção.
Jesus, enquanto esteve na Terra, chamou Deus de Pai mais de duzentas vezes. Suas primeiras palavras registradas, foram: "Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?" (Lc 2.49). Em sua última oração, proclamou: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23.46). Jesus chama Deus de Pai demonstrando sua intimidade com Ele (Mc 14.36) e a superioridade de Deus (Jo 14, 28). No "Pai Nosso" Jesus expressa a relação de dependência da criatura com o criador (Mt 6.9). Jesus não só se refere a Deus como Pai em seu ensinamento geral, mas usa essa designação com frequência em suas orações (Jo 17.5,11,21,24,25). A uma única exceção: o brado da cruz — “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). Jesus sabia que na cruz estava em ação não somente o aspecto paterno de Deus, mas, principalmente, sua soberania. A morte de Jesus significava a salvação da humanidade. O propósito maior de Deus.
O conceito de Deus Pai é abordado na Bíblia a partir da encarnação de Jesus Cristo. O Mestre utilizou de muitas analogias para ensinar lições a seus discípulos. Uma delas é Deus como sendo nosso “Pai”. Entretanto, o termo “pai” não é usado para explicar “quem é Deus”, mas para ilustrar um aspecto da Sua divindade em vocabulário humano, e Cristo só conseguiu expressar-se utilizando a categoria da filiação.  Didaticamente, pode-se considerá-la como uma comparação ou fugura de linguagem usada para demonstrar qualidades ou ações de Deus. Ao Jesus comparar Deus Eterno com um pai terreno com a metáfora "Deus é Pai", os traços de significado que provavelmente está colocando em interseção são intimidade, acolhimento, familiaridade, dependência, proteção. O Deus apresentado por Jesus Cristo não é um Deus formal, mas um Deus próximo e familiar. Um Pai amoroso que nos acolhe sem restrições e pelos méritos da cruz de Cristo nos perdoa, nos abraça e faz festa. 
Deus é Deus
Jamais podemos deduzir que se Deus é parecido com o homem em alguns aspectos, então Ele deve ser parecido em outros aspectos. O ser humano foi criado à “imagem e semelhança de Deus”, mas não IGUAL a Deus. Precisamos reconhecer a enorme diferença que existe entre Deus e Suas criaturas humanas. Mistério e incompreensibilidade provêm o pano de fundo para ação dEle na história (Dt 29.23). A tarefa do Mestre não é explicar quem é Deus, ou reduzi-Lo a categoria de criatura; é, ao invés disso, apontar para o esplendor dessa doutrina como um meio de aproximar a criatura do Criador.
Devemos também lembrar a dinâmica que gerou essa analogia: apresentar Deus com alguém íntimo do ser humano.  A Igreja Primitiva precisava saber o que Jesus queria dizer quando declarava que Deus é nosso “Pai”. O problema prático principal é que esse enfraquecimento de que é Deus também enfraquecerá a imagem que fazemos dEle. O mistério de Deus não pode ser compreendido por nossas mentes finitas. O resultado disso para o cristão certamente não deve ser confusão, mas adoração. Nossa incapacidade intelectual em penetrar nesses mistérios é vital para nossa vida de adoração. É exatamente essa incapacidade que nos leva a cairmos de joelhos em solene adoração diante de um Deus incompreensível, ilimitado, superior, absoluto.
Quando falamos sobre Deus, devemos nos lembrar de que não estamos falando somente de onipotência, mas também de soberania. Jesus não podia explicar Deus; Ele podia simplesmente compará-Lo a um pai previdente, compassivo e amoroso. Não permitamos, então, nenhuma tentativa de controlar o “EU SOU” que acabe por se tornar um meio de controle da fé. Nesta afirmação, Deus se revela como absoluto e superior, pois comparar é manipular, é ter o domínio, é possuir. Assim, Deus não permite ser possuído, manipulado, controlado.
Não podemos reduzir Deus à figura de um pai. Deus é eterno, infinito, onisciente, onipresente, onipotente, etc. Por que nós, seres humanos (que não somos eternos, infinitos, oniscientes, onipresentes, onipotentes) vamos esperar que fossem capazes de compreender inteiramente os caminhos de Deus? O livro de Jó lida com esta questão. Deus permitiu que Satanás fizesse tudo o que desejou com Jó, exceto matá-lo. Qual foi a reação de Jó? “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13:15). “... o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21). Jó não compreendeu por que Deus tinha permitido as coisas que permitiu, mas sabia que Deus era bom e por isso perseverou confiando Nele. Esta também deveria ser a nossa reação. Deus é bom, justo, amoroso e misericordioso. 

Deus é bom
 Muitas vezes nos acontecem coisas que simplesmente não podemos entender. Entretanto, ao invés de duvidar da bondade de Deus, nossa reação deveria ser confiar Nele. “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5-6). “Deus deu prova do seu amor por nós: em que Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores” (Rm 5.8).
A pergunta que deveríamos formular a Deus não é: “Por que isso aconteceu comigo?” Esta é, na verdade, uma pergunta irrespondível, inútil. Uma pergunta melhor seria: “Senhor, já que isso aconteceu comigo, o que devo fazer a respeito?” A vida, ou o resto dela, tem que ser vivida para alguma coisa, e não contra alguma coisa. Felizes aqueles que fazem de suas tragédias particulares, não questões de vingança e tristeza e culpa, mas de melhoria da humanidade. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9).
Assim, se quisermos orar a primeira coisa que temos que aprender é que Deus é nosso PAPAI AMADO (Mt 6.6). Quando não recebemos o que desejamos precisamos aceitar o fato de que Sua vontade é soberana sobre a nossa (Mc 15.34). Por fim, descansar na certeza que, nosso Pai Celestial, sempre saberá o que é melhor para nós e para a humanidade (Lc 23.46).
Deus é Deus. Bendito seja o nome do Senhor!

Fontes de Pesquisa:
http://iprodigo.com/traducoes/analogias-problematicas-e-adoracao-reverente.html
http://xacute.sites.uol.com.br/art_que_pai_e_deus.html
http://www.padrebeto.com.br/padrebeto/Portugues/detPost.php?codpost=1743
http://porissocri.criaforum.com/t13-o-filho-de-deus-e-deus-pai
http://www.shalom.org.br/healing/textos/texto8.shtml

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