
Na antiguidade, os filisteus, vizinhos de Israel, cultuavam o deus Dagom. Os filisteus esperavam que seu deus lhes concedesse boas colheitas e grandes pescarias, o que significava abundância e prosperidade. O culto a Dagom era celebrado com orgias sexuais, sacrifícios de crianças e festas regadas a álcool e alucinógenos, para conquistar o poder dessa deidade em seu favor.
Hoje a cultura popular não mudou muito. A maioria das pessoas não mais se curva diante de estátuas de pedra ou derramam sangue de crianças em busca de “abundância e prosperidade”. Mas o espírito de Dagom (na verdade Satanás) ainda continua ocupando o lugar central na vida de milhões de trabalhadores. A corrupção, a imoralidade e o sacrifício da família, principalmente dos filhos, continua sendo o preço pago pelo sucesso.
Milhares estão servindo ao Emprego como a um deus que pode lhes trazer o sucesso. Entretanto, assim com aquele deus de antigamente esses trabalhadores se tornam insaciáveis, repugnantes, cruéis e raivosos. O salmista escreveu acerca dos ídolos: “Tornam-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam” (Sl 115.8).
Jesus alertou os discípulos contra esse tipo de ídolatria (Mt 6.24). Um dia Satanás foi a Jesus e mostrou-Lhe “todos os reinos do mundo e a glória deles”, e Lhe disse: “Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares” (Mt 4.8,9). Dinheiro, fama e poder. Tudo poderia ser de Jesus se tão somente Ele adorasse o diabo. Mas Jesus ordenou a retirada de Satanás citando as Escrituras: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (v10).
O apóstolo Paulo observou o mesmo fenômeno em seus dias. Por isso, escreveu: “[...] o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm 1.28). A lista dessas “coisas inconvenientes” inclui injustiça, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade, difamação, calúnia, insolência, soberba, presunção, desobediência aos pais, insensatez, perfídia, ausência de afeição e de misericórdia (Rm 1.23,28-31).
Infelizmente, esta também é a triste realidade que se vê imperar no mundo dos negócios em nossos dias.