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Alerta Geral: Abusos em nome de Deus

Postado por Roberto Marques,

“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.” (2Pd 2.1-3).

A igreja de Jesus Cristo nunca se livrou totalmente das influências pagãs (1Co 6.9-11). Mesmo hoje, a maioria dos crentes, embora hajam sido regenerados pelo Espírito, continuam a agir como pagãos. Uma dessas tendências é o culto à personalidade, isto é, a idéia de que pastores são sacerdotes, profeta ou apóstolos - castas espirituais superiores. O pastor é visto como um intercessor, como um porta-voz ou como um representante especial de Deus. Isso é um erro!

Segundo a Bíblia, na igreja do Novo Testamento não existe o ofício sacerdotal, título atribuído somente a Jesus Cristo (1Tm 2.5) e a todos os fiéis (1Pd 2.9), mas em caráter espiritual. A era dos apóstolos e profetas também já passou (Mt 16.18; Ef 2.20; Ap 21.14). Vivemos agora a era da “edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12), a saber, a igreja.

Não podemos generalizar, porque há bons pastores e boas denominações. Mas muitos ministros do Evangelho, conscientes disso ou não, se colocam como “canal de Deus” e mediante a prática mística de sacramentos, sacrifícios, indulgências, pantomimas, pontos de contato, rituais, orações, celeumas, toques, unção se elevam a um nível acima dos crentes comuns, como se fossem revestidos de uma autoridade, um carisma, uma espiritualidade inacessível e exclusiva, o que provoca admiração, espanto, respeito e veneração. Isso torna o povo cativo, dependente, infantilizado. 

Muitos pastores retomaram para si a figura do “ungido de Deus” que jamais podem ser questionados, discordados, confrontados e desobedecidos, sob pena do desobediente incorrer ao pecado de “tocar nos ungidos do Senhor”. Acobertado pela aura da “unção”, o pastor vira uma espécie de “Papa”, figura que se diz infalível, porque não erra. Uma aberração teológica que a reforma de Lutero veio denunciar.

O adepto acaba terceirizando a sua fé e ficando infantilizado, dependente, cativo do pastor para todos os detalhes de sua vida. Para tudo ele consulta o pastor. O pastor virou o seu pai, tutor, guia e oráculo. O resultado é a intromissão radical do pastor na vida do crente: social, sentimental e financeira. E o pastor está gostando disso, uma atitude que abre um terreno amplo para abusos pseudo-apoiados em textos bíblicos. Se o devoto não for “fiel” sofrerá ameaças de maldições e punições eclesiásticas.

Já é hora de todo cristão enxergar as coisas com os pressupostos genuinamente cristãos. Começar a questionar esse tipo de igreja e sua teologia distorcida. Desconfiar do líder religioso que quer que a igreja se encaixe em suas visões megalomaníacas, que gosta de mandar na vida dos fiéis, que não aceita que se discorde dele, que apresenta sinais de riqueza ilícita, que gosta de luxo e extravagância. Cuidado!

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