“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.” (Mt 7.15).

A crença popular está povoada de feitiçarias, macumbas, pragas, demônios, maldições, encostos e coisas do gênero. Os rituais de cura e milagres se multiplicam nas igrejas, santuários, templos e tendas em todo o país. Essa procura propicia o surgimento de charlatões que se aproveitam da boa fé daqueles que sofrem.

Muitos se tornaram dependentes dos trabalhos espirituais de alguém e vivem uma fé de segunda mão. Se não cumprem com a obrigação da "oferenda ao orixá" ou não sacrificam seus bens na “Fogueira Santa de Israel”, ficam apavorados, porque o bruxo os ameaça de perder a benção ou cair em desgraça. Assim, os fiéis dão o que têm e o que não têm. Existem casos de pessoas que entregaram a casa, o automóvel e, até, os próprios filhos em sacrifício (2Rs 16.3; Jr 7.31).

Não podemos negar a utilidade do método de "Pontos de Contato" (imposição de mãos, água abençoada, óleo ungido, rosa consagrada, lenço da cura etc) como ativadores da fé. Está provado que eles funcionam mesmo. Os profetas utilizaram (2Rs 5.10; Nm 21.9), Jesus utilizou (Mc 8.23), os discípulos utilizaram (Mc 6.12) e os cristãos primitivos fizeram uso deles (Mc 5.28; At 5.15; 19.12; Tg 5.14)). Mas não podemos transformar um MÉTODO em DOUTRINA. Os líderes religiosos precisam ensinar as pessoas que o verdadeiro despertar da fé “vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17).

Coagir alguém para receber vantagem é chantagem. Induzir ou manter alguém em erro para obter para si vantagem é estelionato. Mas pagar por algo que já lhe pertence é idiotice. Jesus Cristo veio a terra com o objetivo de libertá-la de toda forma de maldição (Gl 3.13). A Bíblia diz que em Jesus Cristo cada crente tem direito adquirido às bênçãos de Deus (Is 53.4,5).

Toda benção de Deus é GRATUITA (Rm 8.32; Ef 2.8-9; 1Co 2.12). Não precisamos PAGAR por ela. Ela é sempre resultado da fé (Mc 11.22-24). Infelizmente, milhares de pessoas estão sendo extorquidas em nome de Deus para que grandes catedrais e impérios religiosos sejam construídos (Mt 7.15;2Tm 4.3;2Pd 2.1-3). Embora devamos evita o pré-conceito religioso (Mc 9.39, 40; At 5.38,39) é sábio se afastar daqueles que, movidos pela avareza, negam a graça de Cristo e fazem comércio da fé (2Pd 2.1-3). Deixemos, entretanto, o julgamento dos "mercadores de milagres" para Jesus (Mt 7.21-23).

Seja dono(a) de si mesmo(a). DEMITA AGORA OS FEITICEIROS DA SUA VIDA. Não pague mais nada a ninguém por aquilo que Deus já lhe deu de graça.