
“Religião e negócios não se misturam”. “O ministério é apenas realizado no ambiente congregacional”. Essas são, sem dúvida, afirmações vindas diretamente do inferno para dividir a igreja de Cristo em sistemas de castas, onde os “clérigos” são superiores hierárquicos dos “leigos”. Não existe o conceito de “cidadãos de segunda classe” no reino de Deus.
Muitos líderes religiosos fazem distinção entre “trabalho secular” e “trabalho sagrado”, um sendo considerado profano e outro santo. Tal idéia não tem fundamento bíblico. Todos os crentes devem trabalhar “como ao Senhor e não aos homens” (Cl 3.23), fazendo “tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31).
A palavra “ministério”, do grego diakonia, é também traduzida por “serviço”. Sempre que estamos servindo outra pessoa, estamos cumprindo o ministério bíblico.
"O que fazemos no ambiente de trabalho, de segunda à sábado, é realmente ministério. os cristãos que desempenham as funções de motorista de ônibus, fazendeiros, gerentes ou supervisores em corporações, eletricistas, produtores de televisão, em cargos públicos eletivos, professores, jornalistas, donas de casa e mães estão todos envolvidosno ministério. [...].
Se você está tocando em uma orquestra sinfônica, está ministrando a uma audiência. Se você está pilotando um avião, está ministrando para seus passageiros. Se você está servindo às mesas de um restaurante , está ministrando aos clientes. Se você está vendendo seguros de carro, instalando um carpete, trabalhando em um escritório de contabilidade ou treinando um time, está ministrando. Todas essas funções se ajustam claramente ao termo bíblico diakonia. " (Peter Wagner. Os cristãos no ambiente de trabalho, 2007, p. 136).
Precisamos renovar nosso paradigma e não mais pensar na religião como algo que se opõe ao trabalho, mas, pelo contrário, que lhe dá propósito.