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Empresários: uma casta espiritual inferior?

Postado por Roberto Marques,

“Aquilo que os cristãos fazem no ambiente de trabalho é uma forma legítima de ministério cristão” (Peter Wagner).

Esse conceito é também a premissa básica do Movimento Fé e Trabalho. Na Bíblia a palavra hebraica para “trabalho” (avodah) tem o mesmo sentido de adoração, ministério ou culto (Gn 29.27; 1Cr 28.21; Ez 44.14).

A palavra grega do NT traduzida por “ministério” é diakonia, que também é utilizada para “serviço”. O termo que os primeiros cristãos escolheram para descrever a sua adoração foi leitourgía, uma palavra que, como a hebraica avodah podia indicar “adoração ritual”, mas também “serviço público”.

Um dos principais obstáculos para compreender que o trabalho pode ser um ministério é a redoma do “ministério de tempo integral”. Essa idéia pressupõe que o objetivo último de cada cristão que deseja agradar totalmente a Deus é abraçar o ministério de tempo integral, seja como pastor, missionário, evangelista ou qualquer outra função “legítima” do ministério.

Assim, abraçar o plano A de Deus é a ordenação ao ministério, isto é, o ministério em tempo integral. Ter um empreendimento ou profissão fora da igreja é algo que tende a ser considerado o plano B de Deus para nossas vidas. Isso deixa uma ferida emocional naqueles que se encontram no mercado de trabalho, pois eles se sentem aprisionados no plano B de Deus. Comerciantes, industriais, agricultores, advogados, médicos, professores, e todos aqueles que não passaram três anos no seminário de teologia sentem-se como uma casta espiritual inferior, sujeitos a críticas e acusações de que “abandonaram seu chamado”, “amam o mundo e não a Jesus”. A pior acusação é que “essas pessoas decidiram não abraçar o ministério”.

A idéia de que o ministério é apenas realizado por teólogos ordenados reflete a distinção mutiladora entre clérigos e leigos. O inimigo tem promovido o desenvolvimento de um sistema de castas dentro do corpo de Cristo – aqueles que são chamados ao “ministério profissional” ou “ministério de tempo integral”: os “clérigos”; e aqueles que não têm esse chamado: os “leigos”.

“Tenho plena convicção de que todos nós que pertencemos ao corpo de Cristo somo chamados para o ‘ministério de tempo integral’. [...] Precisamos de uma terminologia e de um paradigma que trabalhe na eliminação do conceito de 'cidadão de segunda classe' no reino de Deus.” (Rich Marshall citado por Peter Wagner).

Texto baseado no capítulo “Ministros no ambiente de trabalho”, do livro “Os cristãos no ambiente de trabalho”, de Peter Wagner. Vida, 2007, p. 94-109.

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